domingo, 18 de novembro de 2012

Volta à vida

Mudanças. Quem disse que isso poderia realmente acontecer? Desiludida aquela menina esteve por muito tempo. A cada momento de pseudo-ascensões, se seguiram verdadeiras quedas. Dolorosas quedas. E ela não poderia acreditar em mais nada. Passaria cada dia sem esperanças. Por que esperaria algo? Para que criar expectativas? Estava cansada de decepções. Chorar? Já tinha chorado muito. Mas para quê? Apenas secava suas lágrimas com raiva de si mesma, arrependida por tê-las derramado, e sentindo que acabara de perder mais pontos no jogo da vida.

Conselhos. Tantos e tantos. E todos se resumiam à mesma conclusão. Não mais os ouviria. Como dizia o ditado, “se conselho fosse bom, não se dava, vendia”. E se viessem falar? Que falassem. Não seguiria. Não seguiria nem mesmo suas vontades. Ela tinha vontades ainda? Não importava também.

Ponto final? Ela disse que colocava um ponto final. Não bastavam vírgula, ponto e vírgula, ponto, ou quaisquer outras pontuações. Ela queria um ponto final. E foi isso que ela fez. E (fingiu que) ficou bem. Mas tinha um vazio. Faltava cor, faltava brilho, faltava alguma coisa. Em todos os lugares, em todos os momentos. Ela sabia que faltava. Ela não sabia o quê.

Uma (nova?) história. E quem disse que depois de um ponto final não pode ter mais nada? Volta a cor, volta o brilho, volta aquela coisa que faltava. Volta o sorriso. Volta à vida. E, agora, tudo fazia sentido. Ah, e o que faltava? Ela também não descobriu. Nem iria. Não queria.



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