terça-feira, 22 de novembro de 2011

Tão real

Ela se pegou novamente com aquele sorriso bobo no canto da boca. Desses de quando se está apaixonada. Ali, parada, sozinha, com o olhar perdido. E imaginando. Não precisava de sua presença. Sua imagem se fazia muito concreta na mente. E ela mergulhava nesse pensamento. Cada vez mais fundo. Já não conseguia discernir o que era memória e o que era inventado. Não precisava. Ela gostava disso. E criava mais, como ela queria que fosse. Perpetuava a fantasia e não a deixava morrer, como quem coloca de tempo em tempo mais lenha na lareira impedindo a chama de se apagar. E podia sentir, podia ver, podia viver. Ele podia ser dela de novo. E ela dele. E havia o amor.
- Ahhhh... - Suspirou.
Era tão real.


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3 comentários:

Julia Mendes disse...

Que lindo prima! Me pego assim as vezes... a saudade faz isso com a gente!

Anônimo disse...

boa noite
me chamo bruno visitei o blog da julia e resolvi conhecer o vosso
muito belo o espaço
grande abraço
do bruno

Chame disse...

Antes sonhar do que sofrer, Vanessa.

Gostei desse mais do que a boa escrita faria possível por isso.